quinta-feira, junho 25, 2009

O ESTADO VIVE DO QUÊ?

Sou daqueles que lê uma notícia, mas não engole as letras, porém existem pessoas que entram em delírios graciosos, sorrisos abertos e um acenar de cabeça, daqueles que seguem o líder.
Acho que Manuela Ferreira Leite deveria pensar antes de falar, muito embora tenha a posição de líder de um partido, "dos grandes", e por isso a urgência em defendê-lo, e de partilhar uma ideologia de não intervenção do Estado, diríamos, neo-clássica, a verdade é que o mercado funciona mal, e por isso será necessária a intervenção do Estado em áreas ou sector, cujo funcionamento é duvidoso.
Sinto-me pasmado, quando diz que se for eleita não aumentará os impostos, e neste momento riu-me dessa promessa. Primeiro, porque 80% do OGE serve para pagar despesas correntes, segundo, não me parece que despedir os funcionários públicos seja a solução eficaz, terceiro, o Estado é uma máquina complexa e enorme, com necessidades que muitos não imaginam, maxime importantes, por outro lado o Estado vive de receitas e como disse o professor Sousa Franco: "sem receitas não há Estado".
Pergunto-me agora, para arrancar com as grandes opções do plano é necessário meios, para pagar os desempregados, pensionistas, famílias, e mais do que houver é necessário receitas.
Porque este filme já se viu, e não venha depois pedir para se apertar o cinto.
De facto se quisermos pagar pouco impostos é necessário que o Estado se reduza, mas como a sua acção se direcciona à vários níveis, então nada à fazer, será pagar mais e mais impostos. A solução passa pelo empreendedorismo.

1 comentário:

ana disse...

Costumo dizer aos que acham que o mal de tudo advém do Estado/Governo. Querem mudanças? cuidado com o que pois podem obter, mas não aquilo que esperavam.

Pode-se até diminuir os impostos, mas só com menos Estado . Quero ver os portugueses sempre a criticar, mas sempre a exigir mais do Estado ...