terça-feira, junho 30, 2009

Se eu Pudesse...

Se eu pudesse, morria de novo; se eu pudesse fotografava o vislumbrar da noite amena
carregava a bandeira da minha gente, que por sinal é de cor branca, cujo significado paz,
quer dizer.
Se eu pudesse, deitava-me na sombra de uma molembeira, e dormia desassossegado pois os meus planos agora nascem.
Se pudesse rasgava as vestes que trago comigo e nu ficava. Pelo menos tinha o frio como consolo.
Sinto-me fraco, e cada vez mais distante.
Já passou a juventude, e nada fiz ainda. Chegou a velhice e dou comigo a pensar num passado cheio de acções, mas na verdade, foi uma vida calma e agora quero mudar. Porém é tarde.
Gostaria de morrer como um cavaleiro andante, gostaria de viver sem regras.
Gostaria de mudar.
Hoje tive uma visão. Guiava o meu povo rumo ao socialismo,
Era um socialismo sem regras, apenas edificado na vontade
Construímos uma cidade com casas para todos, não havia miséria
nem fome, havia contudo, algumas doencas, mas até estas tinham cura.
Porém tinhamos um destino, um veneno.
Queríamos dominar o mundo, descobrimos que a vontade era uma arma poderosa
e que muitos perdiam a vida em nome da causa
mas esta causa nunca existiu
e por isso a ruina... chegou!
W. P

sábado, junho 27, 2009


O novo livro de Ram Charan relata a nova era da economia incerta. De facto vivemos a pior crise que alguma vez se viu, as crises de 1929, 1970 e 1979, não se comparam, bem que na verdade, ainda se assiste a uma intervenção por parte dos estados, o que atenua, porque em 1929 não havia um Estado interventor.
É um livro que sugiro como leitura, naturalmente que varia um pouco de tom, mas não deixa de ser interessante.
De forma resumida, direi que Ram Charan chama atenção aos gestores sobre um novo tipo de liderança, numa época de incerteza, passa naturalmente pelo resolver dos problemas, e não por esperar que algo aconteça, mesmo porque ficar na expectativa, pode ser sinal de morte para as organizações.

quinta-feira, junho 25, 2009

O ESTADO VIVE DO QUÊ?

Sou daqueles que lê uma notícia, mas não engole as letras, porém existem pessoas que entram em delírios graciosos, sorrisos abertos e um acenar de cabeça, daqueles que seguem o líder.
Acho que Manuela Ferreira Leite deveria pensar antes de falar, muito embora tenha a posição de líder de um partido, "dos grandes", e por isso a urgência em defendê-lo, e de partilhar uma ideologia de não intervenção do Estado, diríamos, neo-clássica, a verdade é que o mercado funciona mal, e por isso será necessária a intervenção do Estado em áreas ou sector, cujo funcionamento é duvidoso.
Sinto-me pasmado, quando diz que se for eleita não aumentará os impostos, e neste momento riu-me dessa promessa. Primeiro, porque 80% do OGE serve para pagar despesas correntes, segundo, não me parece que despedir os funcionários públicos seja a solução eficaz, terceiro, o Estado é uma máquina complexa e enorme, com necessidades que muitos não imaginam, maxime importantes, por outro lado o Estado vive de receitas e como disse o professor Sousa Franco: "sem receitas não há Estado".
Pergunto-me agora, para arrancar com as grandes opções do plano é necessário meios, para pagar os desempregados, pensionistas, famílias, e mais do que houver é necessário receitas.
Porque este filme já se viu, e não venha depois pedir para se apertar o cinto.
De facto se quisermos pagar pouco impostos é necessário que o Estado se reduza, mas como a sua acção se direcciona à vários níveis, então nada à fazer, será pagar mais e mais impostos. A solução passa pelo empreendedorismo.